domingo, 14 de novembro de 2010

Nathalia, minha filha

Nathalia, minha filha

Wellington Trotta


Caminhando pela praia encontrei seu nome escrito na areia,
parei e por longo tempo me detive na leitura sonora
das sílabas que formam o sentido de sua identidade.
Fiquei de joelhos, passando a contemplar sua lembrança
invadindo meu coração, meus dias, cada instante:
onde quer que eu esteja sua imagem me persegue.
Percorri, com meus dedos, cada letra do seu nome e,
carinhosamente, suas mãos tocavam nas minhas, retirando
dos meus olhos lágrimas de alegria por sua existência.
É muito bom pensar em ti, é muito bom ouvir sua voz
todas as vezes que seus lábios pronunciam o meu nome.
É muito bom sentir sua essência como permanência.
Se todos comemoram o natal em dezembro,
eu comemoro o meu em janeiro;
se todos louvam o menino, eu, a minha menina.
Gostaria de batizar o seu nome de Amor,
mas sua mãe escolheu Nathalia.
Paciência, tanto faz, Nathalia e Amor são sinônimos.
Assim, peço perdão pelo meu carinho desajeitado,
contudo amo, venero, adoro essa flor
 acima do próprio Deus.
Por essa heresia eu me responsabilizo
em razão da felicidade que você representa.


Um comentário:

Anônimo disse...

Tão bonita e comovente homenagem!

Abraço.