domingo, 19 de dezembro de 2010

Azul laranja

Azul laranja (para Lara Amaral)
Wellington Trotta

Que expressão é essa que vasculha o tudo
sem se preocupar com o nada dos objectus?

Que  expressìónis é essa que apreende as coisas,
desprezando a efemeridade de tudo?

Que olhar é esse que penetra nos corpos,
procurando a natureza de cada anìma?

Que desèdium é esse, insaciável, mas velado
pelo silêncio dos lábios?

Que mustêrion ronda o azul do seu espírito,
mudo na fixidez dos seus olhos?

Misteriosa pluma sem destino
que pousa suavemente sobre o lago laranja.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vale a poesia que nos ronda por esses momentos de partilhar amizade entre versos; observações tão delicadas entre pessoas que não se conhecem, mas tem essa forma em (in)comum de ver o mundo.

Muito feliz com este presente, obrigada, poeta!

Beijo.

Wellington Trotta disse...

Obrigado sinto-me por sua delicadeza. Bj.